sexta-feira, 18 de março de 2022

Depois da Morte.

 Por Francisco Alves dos Santos Júnior


Sob a lájea fria e a escuridão do túmulo, tarde demais pra fazer o que não fez, ou pra desfazer o malfeito, pois restará apenas a putrefação, os vermes, e a solidão


Recife, 16.03.2022


Diante desse texto, que publiquei na minha página no facebook, o poeta baiano Carlos Roberto Santos Araújos lembrou-me trechos da seguinte estrofe do poema "Testamento" de Vinícius de Morais.

"Por cima uma laje
Embaixo a escuridão
É fogo, irmão! É fogo, irrnão!".

Retruquei, dizendo-lhe que na verdade o início do meu texto foi inspirado em um verso, que estava no meu subconsciente, do poeta baiana Castro Alves, do seu poema, que depois achei no google, chamado "Mocidade e Morte" e que está na seguinte estrofe:

"– Árabe errante, vou dormir à tarde

À sombra fresca da palmeira erguida.

Mas uma voz responde-me sombria:

Terás o sono sob a lájea fria."

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