Por
Francisco Alves dos Santos Júnior
Principalmente em períodos de chuvas, quando o mar fica mais
agitado e com maior volume d’água, todos os dias uns dez operários(observados
por mais duas ou três pessoas, creio que gerentes e/ou engenheiros)da
Prefeitura da cidade do Recife, com pás e outros instrumentos de construção
civil, repõem, na pouca nesga de praia
que ainda resta logo depois do terminal do bairro de Boa Viagem, a areia que é
trazida por caminhões caçamba e que, horas depois, é sugada pelas águas do mar,
durante a maré alta. E o mar também
trata de desarrumar as pedras e barras de cimento que são também, por tais
operários, re-arrumadas durante o dia. E o mar ainda destroi as ladeiras de
madeira e de cimento pelas quais os frequentadores daquela belíssima praia
descem do calçadão até a areia, obviamente quando a maré está baixa, porque na
maré alta não há mais areia naquela praia.
Esse drama citadino lembra um outro famoso drama, o de
Prometeu, cujo fígado era destroçado todos os dias, por uma gigantesca águia, e
que renascia imediatamente, como castigo de Zeus, por ter Prometeu contado aos
homens o segredo do fogo.
Mas na realidade da cidade pernambucana o sangue do fígado do
Sr. Prefeito não está sendo sugado, como era o de Prometeu, mas sim o suado
dinheiro do povo recifense, pois, sem uma solução definitiva, está sendo jogado
literal e diuturnamente ao mar.
Por que não adotar uma solução definitiva? Afinal o atual Sr.
Prefeito da cidade do Recife foi apresentado ao seu povo, na época da eleição,
como um grande gestor público.
É bom registrar que idêntico problema existia na praia de Iracema
da bela cidade de Fortaleza, capital do Ceará, e foi resolvido com a singela construção
de diques de pedras, penetrando uns dois quilômetros mar a dentro e nunca mais as
ondas marítimas subiram/destruíram o calçadão daquela famosa praia alencarina.
Oxalá, o Sr. Prefeito
da cidade do Recife se compadeça das parcas receitas dessa linda cidade,
extraídas dos suados recursos dos seus
cidadãos, e mostre sua propalada fama de “grande gestor”, dando uma solução
definitiva para o noticiado problema, aparentemente de solução tão simples,
como aconteceu na capital cearense.
Recife, 14.08.2014.