Por Francisco Alves dos Santos Júnior
Recife, 18.07.2021, num fim de tarde de domingo recifense,
às margens da Praia de Boa Viagem.
Por Francisco Alves dos Santos Júnior
Recife, 18.07.2021, num fim de tarde de domingo recifense,
às margens da Praia de Boa Viagem.
Por Francisco Alves dos Santos Júnior
O seu nome era Marta.
Tinha, na parte interna da coxa direita,
Escrito a leite quente de castanha de caju,
O nome Marcos,
O seu primeiro homem,
Talvez o seu primeiro e único amor,
Com quem se “perdera”
E de quem se perdeu
Ainda em tenra idade
“Nunca mais nos vimos”,
Disse-me, entristecida,
Sentada na ponta da cama
Daquele quente quarto de bordel.
“Meu Pai e meus irmãos queriam matá-lo.
Mãe eu já não tinha.
Então, Marcos sumiu
no mundo,
Deixando no meu ventre juvenil,
Sem querer e sem saber,
O nosso filho.
E,
Numa maldade sem fim,
Meu Pai e meus Irmãos
Expulsaram-me de casa,
‘Filha solteira prenha aqui não fica!’
Bradou, colérico, meu Pai.
Por isso terminei neste bordel,
Donde tiro o sustento do nosso filho”.
Marta, minha primeira mulher,
Tinha um filho
Do seu primeiro homem,
Chamado Marcos,
Marcado, a leite quente
de castanha de caju,
Na parte interna da sua coxa direita.
Quando nos despedimos,
O sol das cinco horas da manha
Já derretia o delicado orvalho das flores silvestres do lugar.
Recife, 01.06.2021, 22:15h.
Por Francisco Alves dos Santos Júnior
Num dia pra lá de especial, Deus pensou muito, tentando ter uma ideia mais especial que aquele dia e, repentinamente, veio a sua mente divina algo que ele num sopro materializou e chamou de Mulher-MÃE e dela vieram todas as pessoas que hoje habitam o mundo.
É verdade que uns homens barbudos e machistas, lá num passado longínquo, inventaram que daquele jeito Deus teria criado o homem e de uma sua costela, a mulher, história essa maluca porque de uma costela de um homem nem mesmo Deus poderia criar algo tão perfeito, como a Mulher-MÃE.
E PARABÉNS para todas as MÃES do mundo, principalmente para a minha, que é aquela Estrela que mais brilha no céu.
Escrito no dia 09.05.2021, à 00h10, em Recife, Brasil.
Por Francisco Alves dos Santos Júnior
A vida escala-me,
Escapa-me,
Esvai-se,
Não te alcanço.
Avanço no tempo,
Indo, voltando.
Olho e não te vejo,
Ouço o som de um realejo.
Não, não te ouço,
Não te encontro.
Ranço, pés de jumbo.
Trapo.
Lembranças.
Recife, 10.02.2021, 01;10h, após: 1) conversar com filha de uma prima, internada/entubada com covid19, que não vejo há quase 50 anos; 2) ver documentário sobre o artista/pintor David Hockney.