Sem chuvas ,
estrada
barrenta,
O cavalo do
Feitor levanta poeira.
O gado magro
passa lentamente,
ruminando no aboio triste do vaqueiro.
Casa de
taipa.
A mulher, da
janela, olha desesperançada.
O seu filho,
de ossos a vista, puxa sua saia,
pede de
comer.
Não há nada
na panela
O sol,
vagarosamente, se vai.
A noite
chega.
Os bezerros, separados das mães, berram em
vão,
o leite é para o filho do patrão.
Uma
esperançosa nuvem se forma ao longe.
Ouve-se o
zurrar do burro; uma jaracuçu foge pelo
mato seco.
Delgada lua
minguante passa ao longe.
Recife,
08.05.2015, 20:33h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário