sábado, 13 de setembro de 2014

CRÔNICA SOBRE UM PROBLEMA DA CIDADE DO RECIFE


Por Francisco Alves dos Santos Júnior

Principalmente em períodos de chuvas, quando o mar fica mais agitado e com maior volume d’água, todos os dias uns dez operários(observados por mais duas ou três pessoas, creio que gerentes e/ou engenheiros)da Prefeitura da cidade do Recife,  com pás e outros instrumentos de construção civil, repõem,  na pouca nesga de praia que ainda resta logo depois do terminal do bairro de Boa Viagem, a areia que é trazida por caminhões caçamba e que, horas depois, é sugada pelas águas do mar, durante a  maré alta. E o mar também trata de desarrumar as pedras e barras de cimento que são também, por tais operários, re-arrumadas durante o dia. E o mar ainda destroi as ladeiras de madeira e de cimento pelas quais os frequentadores daquela belíssima praia descem do calçadão até a areia, obviamente quando a maré está baixa, porque na maré alta não há mais areia naquela praia.

Esse drama citadino lembra um outro famoso drama, o de Prometeu, cujo fígado era destroçado todos os dias, por uma gigantesca águia, e que renascia imediatamente, como castigo de Zeus, por ter Prometeu contado aos homens o segredo do fogo.

Mas na realidade da cidade pernambucana o sangue do fígado do Sr. Prefeito não está sendo sugado, como era o de Prometeu, mas sim o suado dinheiro do povo recifense, pois, sem uma solução definitiva, está sendo jogado literal e diuturnamente ao mar.

Por que não adotar uma solução definitiva? Afinal o atual Sr. Prefeito da cidade do Recife foi apresentado ao seu povo, na época da eleição, como um grande gestor público.

É bom registrar que idêntico problema existia na praia de Iracema da bela cidade de Fortaleza, capital do Ceará, e foi resolvido com a singela construção de diques de pedras, penetrando uns dois quilômetros mar a dentro e nunca mais as ondas marítimas subiram/destruíram o calçadão daquela famosa praia alencarina.

Oxalá,  o Sr. Prefeito da cidade do Recife se compadeça das parcas receitas  dessa linda cidade, extraídas dos suados  recursos  dos seus cidadãos, e mostre sua propalada fama de “grande gestor”, dando uma solução definitiva para o noticiado problema, aparentemente de solução tão simples, como aconteceu na capital cearense.  

Recife, 14.08.2014.

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